segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Sobre crianças pequenas

Sinceramente, eu nunca fui o tipo de cara que sabe lidar com crianças pequenas. Mal sou funcional com pessoas adultas que conseguem formar sentenças completas ou algo que valha, bem como são perigosas as minhas tentativas com manipulação de objetos frágeis, é de se esperar, portanto, que com coisas que pronunciam sons completamente sem sentido e que estragam se cair no chão as chances de alguma merda acontecer na minha mão é gigantesca.

Entendam, não é que eu não goste dos pequenos, eles são bem legais quando não estão gritando, chorando, cagando neles mesmos, as três coisas juntas ou qualquer outra do gênero, a questão é que eu tenho uma tendência muito grande a estragar as coisas, e estragar crianças não é algo exatamente legal. Se as crianças e bebês notassem os sinais que eu dou (coisas como ignorar e afins), estaria tudo bem. O problema é que pareço ter um imã para essas coisas.

Em todo o lugar que vou e por algum acaso algum pivetinho esteja presente, existêm altas chances dele começar a me encarar descaradamente. Não importa onde seja, isso sempre acontece na fila do banco, esse fim de semana aconteceu no ônibus e até na sala da faculdade já rolou algo assim. Aí fico lá também encarando o bebê, sem saber o que fazer, ele me encarando, eu evitando o olhar (eu não costumo desviar olhares, mas esses pivetes tem um dom extraordinário para me deixar sem jeito). Pior ainda é quando alguém repara e lança a bela frase: "Olha só, parece que ele gostou de você, né.". Eu concordo, dou uma risada imbecil e continuo na mesma situação de bosta.

Quando o moleque é filho de parente ou alguém mais próximo é um pouco mais tranquilo, a gente brinca e tudo mais, meio sem jeito e esperando o momento em que ele vai se irritar e começar a chorar, mas ainda assim. Agora nesses lugares aleatórios, com desconhecidos e crianças me encarando pra lá e pra cá, é tenso. Às vezes acredito piamente que eles estão lendo meus pensamentos ou esperando que alguma coisa muito sem noção aconteça, não importa bem o que (e esse sentimento foi amplificado depois de assistir aquele filme de merda com bebês inteligentes que lutam e são espiões que, é preciso lembrar, é uma merda completa), mas que rola algo de muito errado nessa história toda, rola.

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