sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Matando a fome com café

Entre o trabalho, os downloads de músicas e quadrinhos e a completa ociosidade, reina em meu interior, durante o estágio - além das imbecilidades habituais -, a  famosa fome. O lanche matinal, não exatamente saudável ou reforçado, faz com que quando o ponteiro aponte algo em torno das nove horas alguma coisa comece a reclamar por aqui, e o que nós temos logo ali em cima do frigobar? O café.

Pessoalmente, sempre achei, e continuo achando, esse culto ao consumo do café uma babaquice quase sem precedentes - apesar de conseguir pensar em outras milhares do mesmo nível ou pior - , mas essa raça, por muitos desgraçada, composta pelos tais advogados bebe mais café do que qualquer um consegue imaginar. Aqui não existe alimentos mastigáveis e as vezes falta água, mas a garrafa térmica está sempre até o talo.

Quando você soma a fome com o fato do café ser a coisa mais próxima de algo com alguma sustância no ambiente, o resultado não é outro senão uma bebedeira sem precedentes. Um rapaz que só bebia o tal café uma vez por mês transformado em mais uma máquina a espera na próxima remessa. É foda pra caralho, todo mundo na espera da secretária chegar na porta e recitar a tal frase: "quer café?" Eu não sei qual é a desse negócio que todo mundo acha amargo e ruim quando moleque, e depois, do nada, passa a beber alopradamente durante as tarde ensolaradas, mas o fato é que de tempos em tempos é ouvida alguma voz lá no fundo questionando: "Zete, o café tá pronto?" ou "Quem vai fazer o café hoje?". ou, bem às vezes, "Vinícius, faz o café de uma vez enquanto a Zete não chega." (estagiário, além de tudo, também é cozinheiro), sendo esse o claro sinal de que se chegaram ao ponto de pedir para eu fazer o café, alguma coisa está muito errada ou a necessidade urge mais alto do que a razão.

Sinais do apocalipse, meus amigos.

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